Senhor!
Concede-me, por misericórdia, o dom de contentar-me com o que tenho, a fim de fazer o melhor que posso. Ensina-me a executar uma tarefa de cada vez, no campo de minhas obrigações, para que eu não venha a estragar o valor do tempo. Livra-me da precipitação e da insegurança, de modo a que não busque aflições desnecessárias ante o futuro, nem me entregue à inutilidade do presente. Dá-me a força de esperar com paciência a solução dos problemas que me digam respeito sem tumultuar o caminho dos que me cercam. Ajuda-me a praticar o esquecimento de mim mesmo, auxiliando-me a fazer pelo menos um benefício aos outros, cada dia, sem contar isso a ninguém. Se esse ou aquele companheiro me aborrece, induze-me a olvidar o que se passou, sem dar conhecimento do assunto aos que me rodeiam. Ensina-me a não condenar seja a quem for e quando algum apontamento injurioso ou alguma nota de crítica malévola vierem-me à cabeça, ampara-me a fim de que eu tenha recursos de dissipa-los em silêncio, no plano de meus esforços imanifestos. Impele-me a calar. André Luiz / Chico Xavier Hoje sairei a caminhar
Hoje todo mal há de me abandonar Serei tal como fui antes Terei uma brisa fresca a percorrer-me o corpo Terei um corpo leve Serei feliz para sempre Nada há de me impedir Caminho com a beleza à minha frente Caminho com a beleza atrás de mim Caminho com a beleza abaixo de mim Caminho com a beleza acima de mim Caminho com a beleza ao meu redor Belas hão de ser minhas palavras Belas hão de ser minhas palavras Belas hão de ser minhas palavras O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar O maior obstáculo: o medo A pessoa mais perigosa: a mentirosa O pior sentimento: o rancor A raiz de todos os males: o egoísmo O maior erro: o abandono A distração mais bela: o trabalho O pior defeito: o mau humor A pior derrota: o desânimo O melhor professor: as crianças A felicidade mais duradoura: ser útil aos demais A rota mais rápida: o caminho certo A sensação mais agradável: a paz interior O presente mais belo: o perdão O mais imprescindível: o lar A maior proteção: o abraço O maior remédio: o otimismo A maior satisfação: o dever cumprido A força mais potente: a fé As pessoas mais necessárias: os pais A mais bela de todas as coisas: o amor! Madre Teresa de Calcutá Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que as rosas não falam. Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre. Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa… Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas…
Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda. Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim… Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos… Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos. Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos… Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma… Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia. Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno… E acima de tudo… Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente. Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor. Francisco Cândido Xavier Onde há fé, há amor.
Onde há amor, há paz. Onde há paz, há verdade. Onde há verdade, há Deus. Deus está em tudo. Entretanto, nem todos os homens estão nele. E por isso sofrem. Não desespere. As dores e as batalhas deste mundo são ilusórias e passageiras. É promessa divina que se você assumir bravamente o caminho da devoção, Ele cuidará de seu futuro. Cuidará do bem-estar que lhe é devido. Deus é a luz. É a estrela mais longínqua e também a folha de grama sob seus pés. Apenas nas profundezas do silêncio é que a voz de Deus pode ser ouvida. Ele não está em nenhuma religião, mas em sua mente e em seu coração. Havendo retidão no coração, haverá dos outros, Não exagere na condenação aos errosbeleza no caráter. releve-os, seja complacente. Quanto harmonia no lar. Se há beleza no caráter, reinará aos seus, faça o contrário, enxergue-os maiores do ordem na nação. Havendo harmonia no lar, haverá que são e se empenhe em superá-los. Se reina ordem na nação, se fará a paz no mundo. O silêncio é a única linguagem do homem realizado. Pratique moderação no falar. Isso é fecundo de várias maneiras. Desenvolverá amor, pois do falar descuidado resultam incompreensões e facções. Quando é o pé que resvala, a ferida pode ser curada, mas quando é a língua, a ferida é no coração e perdurará por toda a vida. Um coração compassivo é o templo de Deus. Aja conforme diz. Diga conforme sente. Não tente trapacear com sua consciência. Seja como o lótus, que, apesar de ter nascido na lama do lago, por pura força de vontade ascende acima das águas para contemplar o sol. Só existe uma religião, a do amor. Só existe uma linguagem, a do coração. Sathya Sai Baba Quando não há nada mais a ser dito, silencia.
Quando não há mais nada a ser feito, permitas apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires. Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranquilidade, descansa e refaz tua energia. Não há pressa, a prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar. Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado. É necessário descobrirmo-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável. Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito. Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza. Não te preocupes, se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver. Confia e vai em teu caminho de paz. Nada é mais gratificante que ver alguém submergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz. Ela sempre esteve presente… Era só abrir os olhos… São Francisco de Assis Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a linha férrea, sob os vagões da locomotiva e foi triturado. E o jornal, com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo que aquele era um pai de dez filhos, um operário modesto.
Aquilo me impressionou tanto que resolvi orar por esse homem. Tenho uma cadernetinha para anotar nomes de pessoas necessitadas. Eu vou orando por elas e, de vez em quando, digo: se este aqui já evoluiu, vou dar o seu lugar para outro; não posso fazer mais. Assim, coloquei-lhe o nome na minha caderneta de preces especiais - as preces que faço pela madrugada. Da minha janela eu vejo uma estrela e acompanho o seu ciclo; então, fico orando, olhando para ela, conversando. Somos muito amigos, já faz muitos anos. Ela é paciente, sempre aparece no mesmo lugar e desaparece no outro. Comecei a orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de advogado, e dizia: Meu Jesus, quem se mata (como dizia minha mãe) "não está com o juízo no lugar". Vai ver que ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe mais de cinco minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial. Passaram-se quase quinze anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse. Um dia, eu tive um problema que me fez sofrer muito. Nessa noite cheguei à janela para conversar com a minha estrela e não pude orar. Não estava em condições de interceder pelos outros. Encontrava-me com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de fazê-lo por fora, aprendi a chorar por dentro. Fico aflito, experimento a dor, e as lágrimas não saem. (Eu tenho uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não consigo verter). Daí a pouco a emoção foi-me tomando e, quando me dei conta, chorava. Nesse ínterim, entrou um Espírito e me perguntou: Por que você está chorando? Ah! Meu irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para consolar os outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos. Além do mais, não tenho esse direito; aprendi a não reclamar e não me estou queixando. O Espírito retrucou: Divaldo, e seu eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará? Hoje nem me peça. Porque é o único dia que eu consegui fazê-lo. Deixe-me chorar! Não faça isto, pediu. Se você chorar eu também chorarei muito. Mas por que você vai chorar? perguntei-lhe: Porque eu gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor. Como é natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia. Você me inspira muita ternura - prosseguiu - e o amo por gratidão. Há muitos anos eu me joguei embaixo das rodas de um trem. E não há como definir a sensação da eterna tragédia. Eu ouvia o trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando, sem terminar nunca e sem nunca morrer. Quando acabava de passar, quando eu ia respirar, escutava o apito e começava tudo outra vez, eternamente. Até que um dia escutei alguém chamar pelo meu nome. Fê-lo com tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o sofrimento logo voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter interregnos em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para aguentar aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou. Transcorreu muito tempo mesmo, até o momento em que deixei de ouvir o apito do trem, para escutar a pessoa que me chamava. Dei-me conta, então, que a morte não me matara e que alguém pedia a Deus por mim. Lembrei-me de Deus, de minha mãe, que já havia morrido. Comecei a refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir alguém dizendo: "Ele não fez por mal. Ele não quis matar-se." Até que um dia esta força foi tão grande que me atraiu; aí eu vi você nesta janela, chamando por mim. Eu perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim, com tanto carinho, com tanta misericórdia? Mamãe surgiu e esclareceu-me: “É uma alma que ora pelos desgraçados. Comovi-me, chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo nome. (Note que eu nunca o vira, face às diferenças vibratórias.) Quando adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de catorze anos. Lembrei-me de minha família e fui à minha casa. Encontrei a esposa blasfemando, injuriando-me: "Aquele desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria. A minha filha é hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi-se vender para tê-los. Meu filho é um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para não enfrentar a responsabilidade. Deixando-nos, ele nos reduziu a esse estado." Senti-lhe o ódio terrível. Depois, fui atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta como mercadoria. Fui visitar meu filho na cadeia. Divaldo - falou-me emocionado - aí eu comecei a somar às "dores físicas" a dor moral, dos danos que o meu suicídio trouxe. Porque o suicida não responde só pelo gesto, pelo ato da autodestruição, mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu ato insensato, sendo tudo isto lançado a seu débito na lei de responsabilidades. Além de você, mas ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho. Então hoje, que você está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes, não sofra! Porque se você entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes? Se você agora chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua alegria? Você não tem o direito de sofrer, pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais. Aproximou-se, me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou demoradamente. Doridamente, ele chorou. Igualmente emocionado, falei-lhe: Perdoe-me, mas eu não esperava comovê-lo. São lágrimas de felicidade. Pela primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso reabilitar. Estou aprendendo a consolar alguém. E a primeira pessoa a quem eu consolo é você. |
Autor: JamersonUm eterno buscador... HistóricoCategorias |