O irônico é que o caminho que desperta menos interesse é o que verdadeiramente pode lhe levar ao seu Mentor...
Apesar de existir uma visão mais comum do que seria a Viagem Astral, às vezes percebo que alguns acabam por incutir no erro de julgar ou tecer críticas a outros tipos de experiências porque (visivelmente) ainda não tiveram conhecimento sobre experiências fora desse padrão mais difundido. Na minha opinião, as dimensões extrafísicas são análogas ao multiverso, então acho improvável termos todas as respostas. Isso é perfeitamente visível quando comparamos as experiências de algumas vertentes distintas entre si:
- Visão dos escritores da atualidade (OLVE, EV, etc.); - Visão da Umbanda (desdobramento, atuação dos Guias Espirituais, etc); - Visão dos antigos escritores (Dion Fortune, Leadbeater. Franz Bardon, Yram, etc); - Rituais de ordens esotéricas (Ordo Templi Orientis, Astrum Argentum, Golden Dawn, etc); Ainda existem muitas outras visões bem antigas: Khem (Antigo Egito), Xamanismo, Vedanta, Hermetismo, Rosacruz, Bruxaria Tradicional, etc. Cada segmento com seus rituais e visões próprias. Para um melhor entendimento, vou citar parte do livro “Autodefesa Psíquica, de Dion Fortune (1890 - 1946), um relato um pouco diferente do que a maioria está acostumada a ver: “Via de regra, quando um ataque oculto está sendo executado, procuramos manter a consciência a todo custo, dormindo de dia e permanecendo despertos e meditando enquanto o sol está sob o horizonte. Por azar, contudo, fui obrigada a fazer uma dessas viagens astrais nessa estação. Minha atacante sabia disso tanto quanto eu. Portanto, fiz meus preparativos com todas as precauções em que pude pensar, reuni um grupo cuidadosamente escolhido e fechei o local da operação com a cerimônia comum. Eu não tinha muita fé nessa operação em face das circunstâncias, pois a minha atacante era de um grau muito mais elevado do que o meu, e poderia romper qualquer selo que eu colocasse. Contudo, esse procedimento dava proteção contra aborrecimentos menores. O método de fazer essas viagens astrais é altamente técnico, e não posso entrar neste assunto aqui. Na linguagem da psicologia, trata-se de uma auto-hipnose obtida por meio de um símbolo. O símbolo age como uma porta para o Invisível. De acordo com o símbolo escolhido, assim será a seção do Invisível cujo acesso é obtido. O iniciado experiente, portanto, não erra no astral como um fantasma inquieto, mas caminha por corre- dores bem conhecidos. A tarefa de minha inimiga não era, portanto, difícil, pois ela sabia a ocasião em que eu deveria empreender essa viagem e o símbolo que eu deveria utilizar para sair do corpo. Preparei-me, por conseguinte, para sofrer a oposição, embora não soubesse a forma que ela tomaria. Essas viagens astrais são na verdade sonhos lúcidos nos quais o indivíduo conserva todas as suas faculdades de escolha, força de vontade e julgamento. As minhas sempre começam com uma cortina de cor simbólica por cujas dobras eu passo. Nem bem eu tinha atravessado a cortina nessa ocasião quando vi minha inimiga esperando por mim, ou, se preferirmos outra terminologia, comecei a sonhar com ela. Ela surgiu com todos os trajes de seu grau, que eram magníficos, e barrou minha entrada, dizendo-me que graças à sua autoridade ela me proibia de fazer uso dessas viagens astrais. Repliquei que não admitia o seu direito de me fechar os caminhos astrais apenas porque ela fora pessoalmente ofendida, e que eu apelara aos Chefes Interiores, por quem éramos responsáveis. Seguiu-se então uma batalha de vontades, na qual experimentei a sensação de ser girada pelo ar e cair de uma grande altura, e achei-me em seguida de volta ao meu corpo. Mas meu corpo não estava onde eu o deixara, e sim num dos cantos da sala, a qual parecia ter sofrido um bombardeio. Através do fenômeno bem conhecido da repercussão, a batalha astral tinha aparentemente se comunicado ao corpo, que havia dado um salto mortal enquanto um agitado grupo retirava a mobília de seu caminho. Fiquei abalada por essa desagradável experiência. Reconheci que havia levado a pior e que fora efetivamente expulsa dos caminhos astrais; mas eu também compreendi que se aceitasse essa derrota minha carreira oculta estaria no fim. Assim como uma criança que foi derrubada de seu pônei precisa imediatamente retomá-lo e remontar, se pretende montá-lo novamente, eu sabia também que eu devia a todo custo empreender essa viagem astral se quisesse conservar meus poderes. De modo que pedi a meu grupo para recompor-se e refazer o círculo porque devíamos fazer outra tentativa; invoquei os Chefes Interiores, e saí novamente. Desta vez houve uma pequena e brusca batalha, mas consegui terminar o trabalho. Tive a Visão dos Chefes Interiores e retomei. A batalha havia terminado. Desde então, nunca mais tive qualquer complicação. Mas ao tirar minhas roupas para ir à cama, senti que minhas costas estavam muito doloridas e, tomando um espelho de mão, descobri que eu estava marcada de arranhões do pescoço à cintura, como se tivesse sido arranhada por um gato gigantesco. Contei essa história a alguns amigos, ocultistas experientes, que àquela época estavam estreitamente associados à pessoa com quem eu tivera esse transtorno, e eles me disseram que ela era bem conhecida por esses ataques astrais, e que uma pessoa de quem eram amigos havia tido uma experiência exatamente igual, tendo sido coberta, após uma disputa com ela, pelas mesmas marcas de arranhões. Em seu caso, contudo, ela ficou enferma por seis meses e jamais teve qualquer contato novamente com o ocultismo.” Eu vejo muita gente deixando a ansiedade tomar conta da situação e isso, por si só, já é algo que atrapalhará todo o processo. Basicamente, todos deveriam levar em conta que é preciso se sair bem em todas as etapas: relaxamento, controle da respiração, controle das próprias energias e tentar potencializar a lucidez ainda nesse plano. Se não bastasse tudo isso, ainda é recomendável investir em reforma íntima.
É óbvio que alguns conseguem de forma involuntária, mas às vezes, dependendo da vibração que alimentam, prefeririam nem conseguir. Outros têm uma "mãozinha" de espíritos evoluídos porque exercem um importante trabalho quando estão fora do corpo. Para os que apenas querem fazer um "test drive", é bom saber que é preciso uma certa disciplina. Vi em um grupo um comentário sobre a catalepsia projetiva, parecia que a pessoa intencionava provocar o fenômeno. Isso me levou a acreditar que muitos pensem ser um caminho a ser percorrido para a projeção astral, falamos tanto em catalepsia projetiva que alguns devem até ter pensado em buscar técnica para isso. Na verdade não é um caminho e nem sequer todos passam por isso, posso contar nos dedos todas as vezes que passei por isso ao longo de minha existência nesse plano. O que acontece, na prática, é que se você tiver esse distúrbio, pode aproveitar que todos os membros estarão paralisados para tentar a saída do corpo astral, ou seja, é um problema do qual você pode tentar tirar algum proveito, mas não dever algo desejável para quem está tentando se aventurar por esses mundos astrais.
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Autor: JamersonNesse espaço do blog vou compartilhar algumas reflexões próprias e também muito humor. Histórico
Fevereiro 2024
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