"Existem mais mistérios entre o céu e a terra
do que sonha imaginar nossa vã filosofia" - Shakespeare
do que sonha imaginar nossa vã filosofia" - Shakespeare
Viagem astral, Projeção da Consciência, Desdobramento, Emancipação da Alma, Projeção Astral, Viagem Espiritual e outros termos são sinônimos que denominam o fenômeno natural de nosso desprendimento espiritual, temporário e lúcido para fora do corpo físico, enquanto este se encontra em repouso.
Os mundos invisíveis, planos espirituais ou dimensões extrafísicas estão presentes aqui e agora, todos interagindo mutuamente, ocupando "o mesmo lugar no espaço". O “corpo astral” é chamado também de “períspirito” pelos Espíritas ou de “psicossoma” pela Projeciologia, é formado de matéria do plano astral. Quando dormimos, isto é, quando o nosso ser físico adormece, nós o abandonamos temporariamente, passando a atuar nos sub-planos astrais. A consciência das atividades astrais está relacionada, entre outros fatores, principalmente ao nosso estado evolutivo. Há pessoas que permanecem, no plano astral, como que numa sonolência, outras porém atuam com perfeita lucidez. SINTOMAS PROJETIVOS 1 - Estado Vibracional (EV). São vibrações intensas que percorrem os corpos antes da projeção. Essas vibrações podem produzir uma espécie de zumbido ou ruído estridente. Na verdade, essas vibrações são causadas pela aceleração das energias, tendo como finalidade a separação dos corpos (físico/astral) para que ocorra o desprendimento. 2 - Sensação de falsa queda. É muito comum enquanto estivermos entre o sono e a vigília (cochilo) sentirmos ocasionalmente uma repentina sensação de queda e acordarmos realizando um movimento brusco como um solavanco. Isso acontece quando já existe uma soltura entre os corpos astral e físico, porém essa soltura pode não estar completa, o que pode ocorrer um encaixe abrupto ao corpo, dando-nos uma sensação de um susto. 3 – Catalepsia Projetiva. Apesar do estranho nome, não se trata de doença. Pode ocorrer ocasionalmente de “acordarmos” durante a madrugada e percebermos que não conseguimos nos mexer, sentindo-nos em um estado de paralisia total, porém totalmente lúcido. Algumas pessoas até tentam chamar alguém para tirá-las desse estado, porém não conseguem emitir som algum, e entram em pânico, acordando em seguida. 4 - Sensação de estar inflando. Essa sensação é menos comum que as anteriores, mas ocorre quando a pessoa tem a sensação de estar inflando como se fosse um balão. Isso ocorre quando acontece um dilatamento do campo energético conhecido esotericamente como “aura”. Essas sensações são absolutamente naturais, sendo decorrentes da percepção de nossas próprias energias, ocorrendo geralmente quando estamos profundamente relaxados. O QUE FAZER AO PERCEBER ESTAS SENSAÇÕES? Caso você queira comprovar por si mesmo a veracidade da projeção, mantenha a calma, permita que as vibrações circulem por todo o seu corpo e deseje flutuar para que em poucos momentos esteja fora do corpo. Se você desejar interromper a experiência e perder uma oportunidade de uma vivência espiritual, então, deseje firmemente e apenas mexa um dedo, mas tudo com muita calma, e você retornará naturalmente estado de vigília GRAUS DE CONSCIÊNCIA 1 - Projeção consciente. Acontece quando saímos do corpo de forma totalmente lúcida e consciente do fato, mantendo-nos lúcidos durante o transcorrer de toda a experiência, podendo, inclusive, experimentarmos níveis de consciência até mesmo maiores do que consideramos normal no plano físico (por exemplo: voar). 2 - Projeção semiconsciente. Acontece quando saímos do corpo em um estado de consciência mínima. Também cabe aqui dizer que é muito comum realizarmos uma projeção astral e após retornarmos nosso cérebro não registrar parte das lembranças astrais ou ainda misturá-las com imagens de sonhos comuns produzidas pelo nosso inconsciente. 3 - Projeção inconsciente. Acontece quando saímos do corpo totalmente inconscientes das realidades espirituais, ficando à deriva e sucessíveis à influências variadas. Geralmente observa-se a pessoa flutuando alguns metros acima de seu corpo físico adormecido. Pode ocorrer também que a pessoa tenha uma vida astral relativamente ativa, porém com grande bloqueio das lembranças da mesma. Consciente ou inconscientemente todos saímos do corpo MAS QUAL O OBJETIVO DE SAIR DO CORPO? Aprender e trabalhar para ajudar as pessoas encarnadas e desencarnados e com isso evoluir pelo amor... É isso o que os mentores verdadeiros e sérios esperam de seus pupilos e que os levam a nos auxiliar nas recordações... Quanto mais você se dedicar ao trabalho pelo próximo, mais e mais espíritos evoluídos vão querer trabalhar com você, isso o levará a experiências incríveis e suas recordações ficarão mais frequentes ao voltar para o corpo... AMPARADORES São espíritos que já estiveram em diversas ocasiões vivenciando a experiência física em corpos físicos densos e atualmente auxiliam espiritualmente o projetor em suas saídas do corpo. Mesmo que não os percebamos (por motivo de limitações de nossa própria percepção), em todas as projeções os Amparadores estão presentes para auxílio e orientação. CORDÃO DE PRATA É uma ligação energética e espiritual entre o corpo astral (espiritual) e o corpo físico, de forma que mesmo quando fora do corpo físico possamos transmitir vitalidade e energias para nossa outra parte. “Cordão de prata” é um termo simbólico, porém não é um cordão, mas sim um conjunto de filamentos energético-espirituais que se agregam formando visualmente um único cordão que sempre nos traz de volta ao corpo físico. É impossível romper o cordão de prata. Ele somente se “desfaz” no momento do desencarne. CONCLUSÃO A projeção consciente, como toda habilidade humana, exige treinamento e disciplina. Uma vez desperto para esta realidade, a pessoa obterá um amplo campo de vivências e estudo, rico em experiências e aprendizados fora do corpo. Podemos rever amigos e parentes desencarnados, participar de encontros, palestras, reuniões com Instrutores Espirituais, participar de grupos socorristas, auxiliando irmãos que estão passando por situações complicadas, enfim, utilizar esse recurso para pôr em prática um dos ensinamentos do Mestre Jesus, que é o da ajuda fraterna. Muitos fazem essa pergunta...
Eu sempre achei uma grande perda de tempo ter que dormir, fico imaginando como aproveitaria mais o tempo aqui nesse plano se não precisássemos passar 1/3 de nossas vidas dormindo. Sei perfeitamente da importância fisiológica, mas se criassem uma forma de ficarmos acordados à noite sem que tivesse algum reflexo no corpo físico seria muito interessante, pois poderíamos ser muito mais produtivos. Por esse motivo vi que poderia obter certa vantagem com a Viagem Astral, pois teríamos algumas dessas possibilidades (senão todas): - Poder ajudar alguém (encarnado ou não) - Conhecer lugares magníficos - Estabelecer contato com consciências de outros planos e aprender com elas - Praticar outros idiomas - Resolver problemas espirituais - Receber orientações de nossos Guias Espirituais ou Mentores - Encontrar um parente falecido - Atravessar paredes - Voar As possibilidades são infinitas... Tem um horário no dia em que eu costumo meditar, depois da meditação eu decido se vou tentar uma projeção ou algum método hipnagógico. Venho tentando manter essa regularidade, investindo um tempo em relaxamento e controle da respiração antes de todo o processo. A qualidade dessas experiências vai depender muito do meu estado de espírito, algo que sempre "sabota" essas experiências são as discussões políticas. Inclusive, já fui advertido por algumas consciências para não cair na armadilha das discussões políticas, nunca explicaram direito o porquê, mas imagino que exista uma egrégora se alimentando de todo esse caos.
Após o relaxamento que a meditação causa, eu uso brain waves para induzir a um estado de consciência que facilita o EV ou músicas relaxantes para um estado hipnagógico. Quando estou sentindo o EV, eu fico um tempo deitado em decúbito dorsal me concentrando nessas energias até sentir o corpo "inflando", chega a um ponto em que o corpo astral parece não caber no corpo físico, então eu imagino o meu corpo flutuando em direção ao teto. Quando opto pela hipnagogia, eu coloco uma música relaxante logo depois da meditação, não fico deitado e sim encostado em dois travesseiros para ficar com o corpo mais alto e sem apoiar a cabeça. Aproveito o estado de relaxamento, aí eu fecho os olhos e simplesmente espero as imagens que vão surgir durante o transe hipnagógico. Muitas das vezes são visões que me remetem à ideia de que são imagens de outras vidas. Isso tudo que expliquei é o que faço no início da noite e não quando vou dormir. Geralmente quando vou dormir eu recorro à posição que a Gnosis conhece como "estado de jinas" por achar mais confortável do que o decúbito dorsal. Porém tenho melhores resultados em projeções provocadas na parte da manhã, pois o corpo está totalmente relaxado e a mente desperta. Bem, tentei trazer alguns detalhes para servir como um norte para novas pesquisas. Eu estou cada vez mais convencido de que o nosso plano e o plano extrafísico (astral) estão tão interligados que é como se fosse uma coisa só e a gente fica achando que quando alguém desencarna é que vai para “o outro lado”.
Como exemplo disso, vou trazer ao conhecimento de vocês algo que deve ser novidade: os grandes gênios da humanidade usavam a intuição de outros planos para nos trazer conhecimentos que mudaram a nossa História. Vou colocar aqui parte de uma matéria que tem base científica, mas que entra no assunto que nos interessa (viagem astral): Através das Experiências Fora do Corpo (desdobramento astral) é possível captar-se ideias originais, informações até então desconhecidas, trazendo-as para a dimensão intrafísica (plano material). O mesmo pode ocorrer durante outros estados diferenciados de consciência, tais como o sonho, o pesadelo, a hipnagogia (sonolência seguida de visões) e a hipnopompia (visões logo após acordar). Nesses estados, ocorrem projeções conscientes com pouca lucidez e, às vezes, a projeção não é total, limitando-se a expansão das capacidades paraperceptivas (mediunidade) como a paravisão (clarividência) ou a paraaudição (clariaudiência). Vários escritores, cientistas, pintores e outros ícones da genialidade usavam métodos paraperceptivos (mediunidade) para conseguir atingir os seus objetivos. Eis alguns nomes: Edgar Allan Poe, Goethe, Mark Twain, Beethoven, Mozart, William Blake, Albert Einstein, Thomas Edison Thomas Edison registrou mais de 2.300 invenções (além da lâmpada e o microfone). James Cameron disse que muitas partes do filme Avatar foram tiradas de sonhos lúcidos que ele teve. Elias Howe: Esse famoso inventor americano tentava a muito tempo mecanizar o processo da costura, mas, sem sucesso. Certa noite, contudo, foi acometido do que parecia ser um pesadelo. Howe fora preso por uma tribo de selvagens que fizeram um ultimato: caso ele não concluísse a invenção da máquina de costura, seria devorado por eles. Então no pesadelo Howe fracassou em sua tentativa e fui cercado pelos selvagens que apontaram-lhe sua lanças. Nesse momento ele percebeu que cada lança tinha um buraco em sua ponta na forma de um olho. Despertando assustado, Howe compreendeu que se colocasse um furo para passagem da linha de costura na ponta da agulha, talvez conseguisse fazer a mecanização do processo. Esse desdobramento de fato funcionou e a indústria do vestuário foi revolucionada. Chris Nolan: Diretor e autor, Nolan extraiu de seus próprios sonhos lúcidos a inspiração para concebero filme “A Origem”. Declaração do autor: “Eu queria fazer isso há muito tempo, algo que eu tenho pensado desde que tinha uns 16 anos”. Eu escrevi o primeiro rascunho deste roteiro a sete ou oito anos atrás, mas a ideia vem de muito mais longe, de aproximar a vida do sonho e o sonho da vida como um outro estado de realidade.” Curiosamente, em “A Origem” o personagem principal, Dom Cobb, é interpretado por Leonardo DiCaprio, que também tinha sonhos lúcidos antes de estrelar no filme. Andy e Larry Wachowski: Os criadores de Matrix são sonhadores lúcidos que tiveram a inspiração de criar, a partir de suas experiências, um mundo de realidade virtual em que todos nós estamos mentalmente escravizados, não reconhecendo que estamos apenas “sonhando”. O enigma de Matrix é: “Como eu sei que minha realidade não é uma ilusão?” Esta é a chave para desvendar um sonho e tornar-se conscientemente lúcido. Alguns consideram que Matrix é um verdadeiro manual de instruções para sonhadores lúcidos. Nesse tópico vou compartilhar um trecho do livro Experiências Extrafísicas de Pablo de Salamanca, esse e outros livros podem ser encontrados para download no site https://www.harmonianet.org/
O texto fala de exemplos de viagem astral em algumas religiões: Discorreremos, aqui, um pouco sobre a incidência do fenômeno da viagem ou projeção astral em religiões variadas, de forma a demonstrar que a saída de nossas consciências do corpo físico é algo comum, mesmo em ambientes que cultuam a Deus de formas diversas. A projeção astral não é privilégio de ninguém em especial, nem de grupos de conhecimento hermético, nem desta ou daquela religião. Todos nós podemos nos libertar momentaneamente do plano denso, alçando voos até os mundos sutis, e ganhando novas experiências. A viagem astral é fato universal, não tem fronteiras de tipo algum, e é uma grande possibilidade para contatar dimensões superiores. Inicialmente, vamos abordar o Judaísmo através do Velho Testamento (Bíblia Sagrada1). Lá há várias passagens que demonstram, com maior ou menor clareza, que ocorreu o fenômeno da viagem astral. Citaremos apenas alguns exemplos. Primeiramente, em Ezequiel 3.14 se pode ler: “Então o Espírito me levantou, e me levou; eu fui amargurado na excitação do meu espírito; mas a mão do Senhor se fez muito forte sobre mim”. Ora, aqui é bem claro que o Espírito que o levantou e levou, era um guia espiritual e executou a tarefa através do corpo astral de Ezequiel. Este ficou surpreso com a situação, se dizendo amargurado e excitado. O detalhe que ele narra, informando que a mão do Senhor se fez muito forte sobre ele, aponta para o fato de a sua projeção ter sido induzida e patrocinada pelo guia ou amparador (ele não se projetou por conta própria). Mais à frente, em Ezequiel 8.2, observa-se: “Olhei, e eis uma figura como de fogo; desde os seus lombos, e daí para baixo, era fogo e dos seus lombos para cima como o resplendor de metal brilhante”. E em seguida, em Ezequiel 8.3: “Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus”. Esta sequência de Ezequiel, capítulo 8, do segundo para o terceiro versículo, é extremamente esclarecedora. De início ele narra a presença da figura de fogo, que nada mais era do que um amparador luminoso, de provável grande envergadura espiritual. Logo após, ele percebeu que o guia estendeu a mão, e, magnetizando-o, levou-o ao espaço astral (“...entre a terra e o céu...”). A seguir, chegaram a Jerusalém, o que caracteriza uma projeção astral com deslocamento geográfico definido, pois Ezequiel descreve detalhes do lugar. Já em Ezequiel 37. 1-2, a narrativa diz: “Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale, e estavam sequíssimos”. É facilmente perceptível aqui, mais uma viagem astral de Ezequiel (“...ele me levou pelo Espírito...”), promovida pela ação de um amparador, já que o projetor sentiu-se como teleguiado. Outro aspecto interessante deste relato bíblico é que o profeta Ezequiel foi levado para o Astral para receber ensinamentos, o que é muito comum nas experiências extrafísicas (quem quiser ler até o versículo 14 deste capítulo, perceberá que se trata de um tipo de aprendizado o que se passa com Ezequiel). Finalizando esta breve avaliação do Velho Testamento (religião judaica), podemos assinalar o profeta Daniel. Este profeta foi pródigo em relatos de visões (clarividência) e de sonhos simbólicos, bem como em elaborar interpretações para os mesmos através de sua intuição. Contudo, em Daniel 8.2 nota-se que ele realizou uma projeção astral típica: “Quando a visão me veio, pareceu-me estar eu na cidadela de Susã, que é província de Elão, e vi que estava junto ao rio Ulai”. Ou seja, ele estava no local! Daniel estava fora de seu corpo! A partir deste momento, ele começa a ter visões simbólicas sobre o futuro (quem se dispuser a ler perceberá que as visões são muito interessantes). Agora, abordaremos casos de viagem astral no cristianismo primitivo, através do Novo Testamento (Bíblia Sagrada). Em II Coríntios 12.2-4, o apóstolo Paulo escreveu: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. Portanto, nesta epístola de Paulo é óbvio que se considera a possibilidade de se sair do corpo de modo a atingir outra dimensão da vida (foram citados o “paraíso” e o “terceiro céu”), isto é, o Mundo Espiritual ou o Astral etc. Mais à frente, no Apocalipse 1.10, João narra: “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim grande voz, como de trombeta”. O apóstolo claramente estava em algum lugar “em espírito”, ou seja, projetado. Em Apocalipse 4.1-2 pode-se ler: “Depois destas cousas olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas cousas. Imediatamente eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e no trono alguém sentado”. É muito interessante e até óbvio que o apóstolo João estava fora do corpo físico, pois após ele ver a porta aberta no céu, foi lhe dito para subir, e ele “em espírito” atendeu ao chamado. Mais uma vez citando João, em Apocalipse 21.9-10, temos outra descrição de projeção astral: “Então veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos, e falou comigo, dizendo: vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha, e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”. Nesta passagem facilmente se distingue o amparador (“...um dos sete anjos...”), que auxilia o apóstolo em sua projeção. João se diz, novamente, “em espírito”. Isto significa, mais uma vez, que ele estava com sua consciência projetada através do corpo astral (chamado perispírito no Espiritismo). A seguir, dissertaremos sobre viagem astral no Islamismo, no único mas significativo caso que conhecemos do meio muçulmano2. Trata-se de um episódio chamado “A viagem noturna até aos céus”, que é uma projeção do profeta Maomé. A narrativa conta que o profeta estava descansando na mesquita de Meca, à noite, quando o anjo Gabriel apareceu-lhe trazendo um animal. Maomé montou no animal e foi a Jerusalém acompanhado do anjo (neste caso, Gabriel foi o guia ou amparador que promoveu a viagem astral). Quando chegaram na mesquita de Al Aksa, na Cidade Santa, encontraram com muitos mensageiros e rezaram juntos. Em seguida, Maomé saiu dali com o anjo, indo a sete céus (diferentes locais da Espiritualidade, possivelmente com níveis vibracionais distintos entre si), e sendo bem recebido em todos eles, onde se encontrou com diversos mensageiros e outros profetas. Na sequência, Gabriel levou Maomé a um lugar ainda mais elevado (local grandioso, descrito com algum detalhamento, e chamado de paraíso pelo profeta), deixando-o lá para receber instruções religiosas para o povo muçulmano. Após as instruções e esclarecimentos, o representante de Allah voltou à Terra, onde seu corpo físico estava repousando, em Meca. Ele, então, contou às pessoas o que viu e ouviu, porém alguns não acreditaram, desdenhando o profeta. Resolveram testá-lo, pedindo-lhe que descrevesse a mesquita de Jerusalém, pois sabiam que Maomé nunca havia viajado para lá, e entre os descrentes haviam uns que já tinham estado em Jerusalém. Para a surpresa deles, o profeta respondeu às perguntas com minúcias, descrevendo muito bem a mesquita que visitara em espírito (corpo astral). Aí temos a confirmação da veracidade da projeção da consciência de Maomé, mas, como ainda duvidassem, interrogaram-no a respeito de uma caravana que estava de regresso da Síria, em direção a Meca. O profeta descreveu a caravana com pormenores, o número de camelos e o dia que deveria chegar à Meca. Tudo isso, mais tarde, se constatou ser verdade. Isto é muito interessante para aqueles que estudam a projeção astral de forma mais crítica, pois aqui temos um relato histórico onde se buscou a confirmação dos lugares por onde passou o projetor. Agora, falaremos um pouco sobre viagem astral no Catolicismo. No ambiente católico, se usa o termo “bilocação” para o fato de uma pessoa (santo) ser vista, ao mesmo tempo, em dois lugares diferentes. Nós entendemos este fenômeno como um tipo de projeção astral, só que com a particularidade da pessoa projetada tornar visível seu corpo astral, ou, até mesmo, materializar-se em outro local distante do seu corpo físico. Este fenômeno é perfeitamente explicável por meio de mecanismos mediúnicos que envolvem o uso abundante de ectoplasma, mas não é nosso objetivo detalhar esta questão. Um bom exemplo oriundo da Igreja Católica, com esta capacidade de projeção da consciência, foi Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nascido em 15 de agosto de 1195 em Portugal, o Santo Antônio. A ele são atribuídos muitos eventos de bilocação, mas narraremos apenas um. Num domingo de Páscoa, enquanto Santo Antônio pregava numa catedral, lembrou-se de que havia sido destacado para o cântico da Aleluia, numa missa que estava ocorrendo naquela mesma hora em um convento franciscano. Então, pelo poder de sua vontade, mesmo não podendo descer do púlpito de onde pregava, parou por um instante e calou-se como se estivesse fazendo uma pausa para respirar. Neste momento, foi visto no coro do convento franciscano entoando a Aleluia. Consta que este fato foi visto e certificado por várias testemunhas. Esta ocorrência é deveras interessante e, por si só, demonstra a capacidade humana de projetar a sua consciência além do corpo material. Outro personagem ligado ao Catolicismo e detentor de habilidades projetivas foi São Martinho de Porres, nascido em 9 de dezembro de 1579, em Lima no Peru Não era incomum ele aparecer em ambientes fechados, ultrapassando portas ou paredes, para auxiliar pessoas enfermas. Também foi visto em lugares diferentes (até mesmo em países distantes) num mesmo momento. Estas informações só nos levam a concluir que este santo era um excelente projetor. Finalizando a parte relativa ao Catolicismo, gostaríamos de citar Francesco Forgione, nascido em 25 de maio de 1887 na Itália, também conhecido por Padre Pio de Pietrelcina, ou São Pio de Pietrelcina. Ele é muito respeitado no meio católico pelas muitas curas realizadas por seu intermédio e pela capacidade da bilocação. Aqui, apenas comentaremos um episódio de viagem astral de Padre Pio, embora poderíamos descrever muitos. Uma mulher, com câncer em um dos braços, foi convencida a fazer uma cirurgia pela sua filha. O marido de sua filha enviou um telegrama para Padre Pio, pedindo orações pela sua sogra, que aguardaria mais alguns dias no hospital para ser operada. Em determinado dia, no hospital, a mulher com câncer viu entrar pela porta um monge que disse: “Eu sou Padre Pio de Pietrelcina”. Ele interrogou a ela o que o médico havia lhe contado e encorajou-a. A seguir, fez o sinal da cruz no braço dela e despediu-se. Logo após, a mulher doente chamou a filha e o genro, que estavam do lado de fora, perguntando porque haviam deixado o padre entrar sem avisá-la antes. Contudo, eles responderam que não tinham visto o Padre Pio, nem aberto a porta a ninguém. No dia seguinte, o médico ao fazer uma avaliação da paciente para prepará-la para a cirurgia, não encontrou nenhum câncer. O padre havia se projetado e auxiliou a mulher, de forma decisiva, trazendo-lhe a cura. Com relação ao meio espírita, a viagem astral tem nuances muito especiais. O Espiritismo possui, em sua literatura, diversos casos muito bem descritos. Contudo, o termo utilizado para designar a projeção astral é “desdobramento espiritual”. Por exemplo, no livro “Devassando o Invisível”8 a grande médium Ivone A. Pereira narra uma experiência fora do corpo muito interessante. Por sua vez, o médico desencarnado André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, também faz menções muito esclarecedoras sobre o assunto em mais de um livro psicografado. Poderíamos citar diversos outros casos, mas isto não é fundamental no momento. O que mais importa, é destacar que no Espiritismo a viagem astral tem finalidades muito relevantes. Em reuniões de trabalho mediúnico, em certas casas espíritas, há médiuns que se projetam para auxiliar no resgate de entidades sofredoras, retidas em regiões densas do Astral (Umbral). Sem o socorro desses projetores, este tipo de auxílio seria muito mais difícil, pois nestes casos, os desencarnados perturbados precisam das bioenergias do médium projetado, para serem despertados e/ou deslocados de onde estão. Também há o uso da projeção astral com finalidade de cura. O médium se projeta e vai, por exemplo, até hospitais do plano material, onde ele pode transmitir energias curativas a doentes encarnados. Poderíamos nos estender mais sobre viagem astral em outros agrupamentos religiosos, como no caso do Hinduísmo ou do Budismo tibetano, mas isso extrapolaria a intenção original, que foi a de trazer um pouco de esclarecimento sobre as ocorrências históricas e práticas usuais de projeção astral em alguns ambientes diferenciados. Portanto, paramos por aqui, chegando a uma conclusão sobre viagem astral: realmente é um fenômeno universal e inerente ao homem que se espiritualiza, sendo uma “porta” para experiências diretas com tudo aquilo que está além do plano físico. Robert Monroe é um dos maiores pesquisadores de Projeção Astral e fundou o respeitado Instituto Monroe. Na década de 70 trouxe muita informação para um assunto que, até então, era tabu. Suas obras ainda servem como referência para os projetores da atualidade. Eu trouxe aqui uma técnica completa, descrita no best seller "Journeys Out of the Body" de 1971. Passo 1 Relaxe o corpo. Segundo Monroe, "a habilidade de relaxar" é o primeiro pré-requisito, talvez mesmo o primeiro passo para se ter uma experiência fora do corpo. Isso inclui tanto relaxamento físico como mental. Monroe não sugere um método de alcançar esse relaxamento, embora o relaxamento muscular progressivo, juntamente com exercícios de respiração profunda (inspire 1, expire 2, inspire 3 … até cerca de 50 ou 100) são conhecidas por funcionar bem. Passo 2 Controle do estado anterior ao sono. Isto é conhecido como o estado hipnagógico. Mais uma vez, Monroe não recomenda nenhum método para fazer isso. Uma maneira é manter seu antebraço na vertical, enquanto deitado. Quando você começa a cair no sono, seu antebraço tende a cair, e você vai despertar novamente. Com a prática você pode aprender a controlar o estado hipnagógico sem usar o braço. Outro método é concentrar em um objeto. Quando outras imagens começam a entrar os seus pensamentos, você entrou no estado hipnagógico. Assista passivamente estas imagens. Isso também irá ajudar a manter este estado de pré-sono. Monroe chama esse estado de “Condição A”. Passo 3 Aprofundar este estado. Comece a limpar sua mente. Observe o seu campo de visão através de sua pálpebras fechadas na escuridão à sua frente. Depois de um tempo você pode começar a notar padrões de luz. Estas são decorrentes de descargas neuronais. Eles não têm nenhum efeito específico. Ignore-os. Quando eles cessam, é porque entrou no que Monroe chama de Condição B. A partir daí, deve-se entrar em um estado mais profundo de relaxamento que Monroe chama de Condição C – um estado que você perde toda a consciência do corpo e da estimulação sensorial. Está quase em um vazio em que sua única fonte de estimulação serão seus próprios pensamentos. O estado ideal para deixar seu corpo é a Condição D. A Condição C é o estado em que você chega voluntariamente, sem os efeitos da fadiga normal. Para atingir a Condição D, Monroe sugere que pratique na parte da manhã, quando você está começando o dia ou depois de uma curta sesta. Passo 4 Entre no Estado Vibracional. Esta é a parte mais importante da técnica. Muitos projetores têm notado essas vibrações no início da projeção. Elas podem ser experimentadas como um leve formigamento, ou como se a eletricidade está a ser lançada através do corpo. Sua causa é um mistério. Pode ser realmente o corpo astral tentando deixar o corpo físico. Para entrar no Estado Vibracional, Monroe oferece as seguintes instruções: 1. Remova todas as joias ou outros itens que possam estar tocando sua pele. 2. Escureça a sala para que a luz não possa ser vista através de suas pálpebras, mas não desligue todas as luzes. 3. Deite-se com o seu corpo segundo um eixo norte-sul, com a cabeça direcionada para o norte magnético. 4. Afrouxe a roupa toda, mas mantenha coberto para que você seja um pouco mais quente do que aquilo que normalmente poderia ser confortável. 5. Tenha certeza que você está em um local onde não haverá absolutamente nenhum barulho para incomodá-lo. 6. Entre em um estado de relaxamento. 7. Dê a si mesmo a sugestão mental que você vai lembrar de tudo que ocorre durante a próxima sessão, que isso será benéfico para o seu bem-estar. Repita isso cinco vezes. 8. Tão natural como o ato de respirar, concentre-se no vazio à sua frente. 9. Selecione um ponto de 30cm de distância de sua testa, em seguida, mude o seu ponto de referência mental para 2m. 10. Ligue o ponto 90 graus para cima, desenhando uma linha imaginária paralela ao eixo de seu corpo por cima de sua cabeça. Concentre-se nisso até alcançar as vibrações neste ponto e trazê-las para o seu corpo. Mesmo se você não sabe o que são essas vibrações, você vai saber quando você conseguir contato com elas. Passo 5
Aprenda a controlar o Estado Vibracional. Tente controlar as vibrações mentalmente por empurrá-las em sua cabeça, até os dedos dos pés, tornando a energia atuante através do seu corpo e produzindo ondas vibracionais da cabeça aos pés. Para produzir este efeito, concentre-se nas vibrações e mentalmente empurre uma onda fora de sua cabeça e orientá-lo para baixo do seu corpo. Pratique isso até pode induzir estas ondas no comando. Depois de ter o controle do estado vibracional, você está pronto para deixar o corpo. Passo 6 Comece com uma separação parcial. A chave aqui é o controle do pensamento. Mantenha sua mente firme na ideia de deixar o corpo. Não deixe que ela vagueie. Pensamentos dispersos podem fazer você perder o controle do Estado Vibracional. Agora, tendo entrado no EV, comece a explorar a EFC liberando uma mão ou um pé do "segundo corpo". Monroe sugere que você estenda um membro até que ele entre em contato com um objeto familiar, como uma parede perto da sua cama. Em seguida, empurre-o através do objeto. Retorne o membro astral colocando-o de volta em coincidência com o membro físico, diminua a taxa vibracional e termine o experimento. Deite-se em silêncio até voltar ao normal. Este exercício irá prepará-lo para a separação total. Passo 7 Dissociar-se do corpo. Monroe sugere dois métodos para isso. Um método consiste em levantar para fora do corpo. Para fazer isso, pensar em ficar mais leve após a entrada no estado vibracional. Pense em como seria bom para flutuar para cima. Mantenha esse pensamento em mente, todos os custos e não deixar os pensamentos estranhos interrompê-la. Um OBE ocorrerá naturalmente neste momento. Outro método é o "Método de rotação", ou "roll-out" da técnica. Quando você tiver atingido o estado vibracional, tente rolar como se você estivesse virando na cama. Não tente rolar fisicamente. Tente virar o corpo de cima e praticamente rolar para a direita segundo corpo para fora do seu corpo físico. Neste ponto, você estará fora do corpo, mas ao lado dele. Pense de flutuar para cima, e você deve encontrar-se flutuando acima do corpo. Monroe sugere que você comece com o método da flutuação, mas argumenta que ambos são igualmente eficazes. Essas são recomendações muito importantes de Robert Bruce no excelente livro "Astral Dynamics" para evitar a perda de lucidez durante as projeções:
• Concentre-se no que você está fazendo e não deixe que a sua mente vagueie; • Mantenha-se em movimento em todos os momentos e não fique em uma mesma área por muito tempo; • Afaste-se de seu corpo físico após a saída e mantenha-se pelo menos a 6m de distância; • Enquanto projetado, mantenha-se narrando e descrevendo o que você está vendo e fazendo; • Não se concentre muito em nada. Observe a forma dos objetos brevemente e continue se movendo, ou olhe para outra coisa. Mantenha-se sempre em movimento; • Olhe para as mãos frequentemente, mas não por tempo suficiente para que os dedos derretam; • Encerre a projeção quando as flutuações de realidade se tornarem muito pronunciadas. |
O objetivo deste blog é trazer luz ao assunto.Muitos acreditam que viagem astral se trata de algo "sobrenatural", mas na verdade é algo natural. Quando alguém dorme, o espírito sai do corpo inconscientemente e por isso muitos acreditam ter lembranças de lugares onde nunca estiveram no nosso plano físico. Histórico
Abril 2024
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